#efincoresenha Eu demorei algum tempo para vir falar desse livro, quando foi lançando a #Muninn disse ser um livro que eu poderia gostar. Ela estava mais que certa. Eu sinceramente me encantei com a leitura.
As peças de xadrez na capa, pelo estrondoso sucesso remetem ao Gambito da Rainha, mas o livro não tem outro paralelo além do jogo com a série. Porque somos levados a conhecer uma jovem que não se adapta e desconhece seu diagnóstico. Atualmente quando o autismo ganhou uma nova abordagem tanto médica quanto social, (afinal não é mais comum enviar os autistas para manicômios ou serem deixados para morrer como há pouco mais de 60 anos era usual), que não chega a ser algo tão extraordinário assim, a falta de conhecimento.
Annika e Jonathan se conhecem em uma partida de xadrez muito disputada no clube da Universidade de Illinois em 1991. O livro começa em um reencontro deles, atualmente, então ficamos sabendo que eles romperam o relacionamento e seguiram suas vidas. A partir do reencontro vamos tendo capítulos intercalando o passado e o presente de ambos, descobrindo o que aconteceu e como os acontecimentos resultaram no que é a realidade de ambos hoje.
Qualquer um que conviva ou conheça o autismo, identifica imediatamente os sinais em Annika, mas não deixa de ser uma apresentação maravilhosa para quem tem esses sinais como desconhecidos. Outro prazer é ver uma Annika adulta, independente, mas que aprendeu a se conhecer e a lidar com o que antes eram grandes interrogações e lacunas em sua vida.
Um grande mérito é ver como uma mãe que nada sabia sobre a condição da filha conduziu sua filha na medida certa para as conquistas de independência e uma vida plena. Sem falar, uma amizade e um amor verdadeiro repleto de aceitação e acolhimento. O que todos independentes do autismo buscamos na vida. Leia e apaixone-se por esse livro.
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