O Corvo - Edição Definitiva

 

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| |📖 James O'Barr
| | Ano: 2018 / Páginas: 272
| |📚 Editora: @darksidebooks
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Lidos 📓 105/2018
1º livro da maratona #halloweenemmidgard
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Considerações :: Talvez a morte seja mesmo como para aqueles que conseguem ver os Testrálios, sabe-se da existência, mas só é vista e sentida por aqueles que a conheceram ao perder alguém.
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Foi o primeiro trabalho da editora que li, porém a história me é muito conhecida, já perdi as contas de quantas vezes maratonei os filmes, a série e sim naveguei sobre a história na internet. Mas não pense que isso é algo de agora, data de mais de 15 anos. E foi com ansiedade e medo que peguei essa HQ para ler.
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E assim, voltei aos becos sombrios dos anos 1980 e acompanhei a história de Eric Draven, misto de anjo vingador e anti-herói, que não descansará enquanto os assassinos de sua amada Shelley continuarem vivos.
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Amei as informações que tive e que não sabia ainda, como a origem dos nomes, as trinta páginas de artes inéditas e uma sequência que o quadrinista só se sentiria à vontade para produzir anos depois. Tudo isso narrado pelo autor num prologo tão lindo quanto doloroso de ler.
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Doeu ficar sabendo que o Corvo foi concebido pelo autor para conseguir superar a dor de perder sua noiva e sobre a tragédia que se aproximou novamente do universo de O Corvo em 1993, com a morte do ator Brandon Lee. Fato esse muito conhecido por que acompanhou as adaptações para o cinema.
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Porém tem informações que antes eram ditas pra esconder a verdade que aqui o autor revela que deu um sentido de beleza a HQ ainda maior. Que em preto e branco consegue mostrar coisas que cor alguma seria capaz, porque para quem está preso em culpa e dor como Erick não existem cores no mundo, nem zonas cinzas. Tudo está sem cor, morto mas ainda continua vivo.
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Não sou especializa em HQ mas amei a edição, as imagens e a manutenção da "tecnologia" original = papel e Nankin para reescrever o que foi escrito e não publicado, porque precisava de tempo para a dor ceder espaço a arte e deixar o mundo conhecer algo que só seu autor havia concebido.
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O restante da experiência de leitura foi única e não existem palavras para ela.

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